Biodiversidade 116 / 2023-2

No ambiente rural e nas cidades aumenta a frequência dos incêndios florestais, mas também sua intensidade. Fala-se: são as mudanças climáticas, os aumentos excessivos da temperatura. É a seca, a falta de água, que parecem tomar conta do planeta. Aponta-se também a mão de homens e mulheres, grupos empresariais ou cacicados regionais ávidos por terra, por avançar a fronteira agrícola e apoderar-se da terra, por aumentar suas plantações de banana, manga, abacaxi, agave, e agora abacateiros ou hortaliças em estufas que proliferam. Essa gente não se constrange de iniciar incêndios. Não importam os possíveis desequilíbrios, a perda de vidas humanas, os cultivos e moradias destruídos. Tampouco importa a plenitude da vida silvestre. Todas as causas anteriores estão interligadas. São as fazendas industriais, o efeito estufa da produção e do transporte. É o sistema capitalista industrial, porque tampouco há dúvidas de que os percentuais de incêndios intencionais são elevados em qualquer parte do mundo. Para quem provoca os incêndios nada importa. O fogo queima não só a floresta, ou a terra, mas as atitudes daqueles que buscam controlar tudo sem que se interponha a razão lógica, muito menos a justiça.